Um dos ícones de Havana é uma parede ao longo da avenida, que se estende por oito quilômetros do porto. É um bom lugar para passear e orientar-se à chegada, embora, se estiver quente, não houver sombra; nesse caso, é melhor deixá-la durante a noite, como fazem os cubanos.
 
É um bom lugar para tomar o pulso da cidade depois de chegar pela primeira vez. Esta longa e sinuosa caminhada é onde os Habaneros pescam, conversam, tocam violão, se interessam por amor - e lanche. Cadillacs e Buicks passam tropeçando, seus sistemas estéreo improvisados explodindo com música de salsa ou regaeton. Grupos de garotos da praia dão cambalhotas das rochas nas ondas. Os viajantes se misturam com guitarristas, corredores e amantes. No meio, há vendedores ambulantes de pipoca, macarrão frito e amendoim torrado. A proclamação, ou chamada de rua, é uma trilha sonora da vida cubana. A música da sirene do vendedor de amendoim se une à dos crepes de macarrão: macarrão cozido e frito com banha de porco. Você também pode experimentar um suco fresco de cana-de-açúcar para saciar sua sede.
 
Quando chove, a água se acumula como folha de prata no Malecon, e os carros que passam mergulham os transeuntes em água salgada. Quando há uma tempestade, as palmeiras são abaladas e o mar enlouquecido paira em grandes ondas na parede. É um drama constante e mutável no coração de Havana, o único lugar onde os elementos estão sempre em exibição.